sexta-feira, 17 de março de 2017

SEXUALIDADE HUMANA

Tentando trazer alguma contribuição para que este tema seja mais bem compreendido nos dispusemos a escrever o texto que se segue. A nossa expectativa é de que, no final do mesmo, pelo menos, as pessoas estejam compreendendo três pontos ou aspectos fundamentais da sexualidade: Gênero, Identidade e Orientação sexual.
Mas, antes de abordamos estas questões, é válido sabermos que a sexualidade humana é um terreno que se encontra em franco estudo e novas definições vai surgindo e sendo divulgadas atabalhoadamente. Indiferentemente de se os mesmos continuam sendo ignorados e/ou desconhecidos por grande parte da população. Este fato, de per si, deveria servir-nos para refletirmos sobre o quanto a sexualidade ainda é um tema melindroso, sensível e de tabu para a maior parte da humanidade.
O desconhecimento destas questões pode acabar nos levando a sermos atropelados pelas situações e/ou circunstâncias, relativas ao campo da sexualidade. Situações e circunstâncias estas que não esperam estejamos preparados ou prontos para lidar ou fazer frente a elas, definindo que apenas nos movemos ou fazemos algo quando somos açoitados pela tempestade.
Estas situações além de definirem a nossa situação ante o tema, comprovam que grande parcela da população ainda tem como fontes de informações as novelas e/ou noticiários da TV. Porém, estes abordam somente assuntos que lhes interessem em alguma medida, e, muitas vezes, igualmente, não esclarecem a contento, devido ao fato mesmo da exposição obedecer a determinados interesses e critérios que não são os do esclarecimento.

O certo é que toda esta confusão, relativas ao campo da sexualidade, são originárias de fontes várias e diversificadas ao longo do tempo. E se os vários "problemas" relativos ao campo da sexualidade, estão se tornando cada vez mais comuns, de um lado; por outro, continuam desconhecidos e/ou sendo rejeitados, quando surgem a lume, pela grande maioria das pessoas.
É verdade que a liberdade de expressão, aquisição adquirida, particularmente, nos últimos tempos, e, por certo, muito bem vinda, a qual está se tornando cada vez maior, graças a Deus, auxilia no surgimento, ou, ao menos, traz à tona diversos aspectos e as várias questões e problemáticas relativas à sexualidade; as quais, antes disto, passavam desapercebidas ou tendo existência nos subterrâneos humanos.
Deste modo, contrastando com poucos anos atrás, hoje em dia, todas essas problemáticas se tornam ou se dão a conhecer mais aberta e francamente. No entanto, além de toda resistência que o assunto encontra; por outro lado, o fato de estar saindo dos porões, não resolve ou dá solução a estas mesmas questões e não as tornam mais aceitas ou faz com que sejam mais bem compreendidas.
A escassez de estudos mais aprofundados, herança das resistências e preconceitos de se abordar o assunto pelas gerações anteriores, conduziram os estudiosos e pesquisadores a percepções e conclusões parciais, e, ao mesmo tempo, a uma falta de abordagem mais livre, mais isenta e mais ampla, por parte de psiquiatras e psicólogos destas gerações; circunstâncias estas que nos levam a encontrar muitas divergências na atualidade, acerca de tema tão intricado e impactante na vida social e individual da humanidade. 

Outro aspecto relativo ao desconhecimento do assunto, deve-se a pouca divulgação, o quê, também, demonstra o quão pouco estamos preparados para abordar e tratar deste assunto. Como dissemos no início, a sexualidade continua sendo um terreno melindroso, sensível e de bastante tabu por grande parte de nós outros. Não nos sentimos bem falando sobre ele, seja com os iguais ou entre pais, filhos e etc. O que vai originando os diversos guetos do “sexualismo”, seja no âmbito individual, familiar ou social.

Muito bem!
Após este rápido vislumbre da situação, dentro do campo da sexualidade, vamos nos deparar com muitos termos e definições que acabam nos trazendo mais confusão, em vez de nos trazer clareza e explicações apaziguantes. Hoje em dia, expressões tais como homossexualidade, heterossexualidade, bissexualidade, gays, lésbicas, travestismo, drag-queens e etc já não são suficientes para designar todos os aspectos e situações que surgem da e na área que hora abordamos como temática.
Por conseguinte, ao pesquisarmos sobre o tema da sexualidade humana vamos encontrar novos vocábulos, ou não tão novos assim, como: hermafroditismo, transexualidade, transgênero, bigênero, pangênero, assexualidade, androginia, cisgênero, parafilia, fetichismo, CDs ou crossdressers, transformistas e outros tantos.
Juntando-se ainda o fato que estas definições (vocábulos) se interligam uns aos outros, por exemplo, a pessoa pode ser transgênero e, mesmo assim, ter uma orientação hetero, homo ou bissexual e etc, nos confundem ainda mais, antes que esclarecendo às nossas cabeças.

E nessa Babel, pelo menos, quanto a três aspectos, os diversos estudiosos são unanimes, considerando que os mesmos são fundamentais, e, portanto, comuns a todos, a saber: gênero, identidade sexual e orientação sexual.
As definições a seguir são capitais e, por conseguinte, nos darão um bom caminho para abrirmos entendimento sobre a temática da sexualidade.

GÊNERO:

Corresponde ao sexo da pessoa. Assim, temos o sexo ou gênero feminino e o masculino. Temos também aqueles que nascem com características sexuais tanto de um sexo quanto de outro: os andrógenos e os hermafroditas, sendo que os últimos nascem com ambos órgãos, geralmente, com um predominante. Quanto a estes, seu gênero costuma ser considerado de acordo com as características físicas predominantes – femininas ou masculinas. Entretanto, em alguns países, são adotados e vistos como um terceiro sexo.


ORIENTAÇÃO SEXUAL:

Diz respeito à atração que os indivíduos sentem por outros. A orientação sexual envolvem questões sentimentais e não somente sexuais. Assim, se a pessoa gosta de indivíduos do sexo oposto, falamos que ela é heterossexual (ou heteroafetiva). Se a atração é por aqueles do mesmo sexo, sua orientação é homossexual (ou homoafetiva). Há também aqueles que se interessam (sentem-se atraídos) por ambos os sexos: os bissexuais (ou biafetivos).

Alguns estudiosos consideram, ainda, os ASSEXUAIS, que seriam aqueles indivíduos que não sentem nenhuma atração sexual; e os PANSEXUAIS, ou pessoas cuja identificação com o outro independe de seu gênero, orientação, papel e identidade sexual. Há outras fontes que adotam a pansexualidade como a abrangência e o interesse sexual por animais ou outros seres vivos e até mesmo por objetos.


IDENTIDADE SEXUAL:

A identidade sexual é a forma como o indivíduo se percebe em relação ao gênero que possui.

Quando a pessoa de determinado gênero se sente mais como se fosse de outro, independentemente de sua orientação sexual (às vezes, relativamente, até mesmo em contradição ao seu papel sexual), dizemos que ela é transgênera e/ou transexual.


TRANSEXUAL:

São pessoas, masculinas ou femininas, que sentem um conflito entre a sua anatomia fisiológica (gênero) e o seu psiquismo (identidade sexual). Ou seja, estas pessoas conflitam entre o seu gênero e à sua identidade sexual, possuindo um forte desejo de modificar o corpo, através da terapia hormonal e de cirurgias de redesignação sexual.

Os transexuais geralmente possuem uma orientação sexual heteroafetivas. Ou seja, se a sua identidade é feminina, sentiram atração por homens e se masculina, por mulheres.

Aqui vale lembrar, que alguns estudiosos consideram como transexuais somente aquelas pessoas que fizeram a cirurgia de redesignação sexual. Estes estudiosos em particular, classificam todos os que sentem certo conflito entre a sua identidade e o seu gênero, como transgêneros.


TRANSGÊNERO:

São aquelas pessoas, tanto masculinas quanto femininas, que sentem a necessidade de poder se expressar como o sexo oposto (usando roupas ou outros adornos, por exemplo), mas não tem a necessidade intensa de modificar sua anatomia corporal ao ponto de fazerem cirurgias de mudança de sexo.

Dentro deste universo, as mulheres são mais bem aceitas pela sociedade, passando despercebidas por esta mesma sociedade. Uma vez que as mulheres se portarem ou usarem acessórios e etc que seriam mais definidores da masculinidade, tais como roupas, adereços, cortes de cabelo e etc, são mais aceitáveis e mais bem acolhidas pelas sociedades machistas.

No caso dos transgêneros, nem sempre a sua orientação sexual vai compatibilizar par a par com a sua identidade sexual. Neste sentido os transgêneros sentem o desejo e a necessidade de se manifestarem ou expressarem como o sexo oposto; no entanto, nem sempre a sua orientação sexual será estritamente vinculada à sua identidade sexual. Isto é, no campo da transgenia a orientação sexual poderá ser heteroafetivo, homoafetivo, biafetivo, assexual ou, mesmo, pansexual.

Por conseguinte, nem todo transgênero é homossexual, como muitas cabeças consideram e pensam. Ele poderá ter outras orientações sexuais, variando de indivíduo a indivíduo, e sempre lembrando que identidade sexual é uma coisa, e, orientação sexual é outra.

Certamente, neste texto não tivemos a pretensão de desbravar todo o universo da sexualidade humana, pois o mesmo se mostra cada vez mais amplo, intricado e complexo; mas, simplesmente, pinçar alguns pontos, visando ajudar as pessoas a entenderem um pouquinho mais algumas das questões e matizes que envolvem esta tão controvertida sexualidade humana.








quinta-feira, 9 de março de 2017

CRENÇAS


Todos nós as temos, independentemente, de qualquer condição social, econômica ou educacional (acadêmica).
Uns, acreditam nos dogmas religiosos; outros, acreditam nos dogmas e descobertas científicas (não acreditar em nada, também é uma crença: A crença do nada!).
Por conseguinte, uns, adotam as crenças ateístas (doutrina ou atitude de espírito que nega categoricamente a existência de Deus, asseverando a inconsistência de qualquer saber ou sentimento direta ou indiretamente religioso, seja aquele calcado na fé ou revelação, seja o que se propõe alcançar a divindade em uma perspectiva racional ou argumentativa).
Outros, professam as crenças teístas (doutrina comum a religiões monoteístas e sistemas filosóficos freq. inclinados ao fideísmo, caracterizada por afirmar a existência de um único Deus, de caráter pessoal e transcendente, soberano do universo e em intercâmbio com a criatura humana), ou politeístas (sistema ou crença religiosa que admite mais de um deus).
P.S.: Por incrível que pareça, os ditos CRISTÃOS ATUAIS são politeístas e não monistas, porque, acreditam e professam a divisão de Deus em 3 pessoas, isto é, são partidários da trindade divina. A mesma crença Hindu e de outras culturas politeístas do passado (todas elas adotavam uma trindade divina, sob nomes diferentes), só que lá eles empregam outros nomes para Deus. Entretanto, a ideia subjacente é a mesma.
Para os Católicos e Protestantes são: Deus, o Filho (Jesus) e o Espírito Santo (indeterminado).
Para os Hindus são: Brahma, Vishnu e Shiva.

sexta-feira, 3 de março de 2017

DEUS, EM UMA VISÃO MAIS ADULTA

A nossa visão de Deus, tende para a de Jesus, quando bem compreendido o Seu pensamento.

Deus é o Pai de todos nós, por ser o gerador de toda a vida e de tudo quanto existe. É a causa primária de toda a criação. Em outras palavras, de tudo quanto existe ou possa vir a existir.

No entanto, Deus não possui forma alguma. Forma é limitação, e Ele é ilimitado (não possui limites, não tendo início ou fim, seja de duração no tempo ou de continuidade no espaço). Toda forma guarda em si, algum limite ou limitação. Vale lembrar que espaço e tempo são conceitos e percepções humanas. Deus está acima disto!

Mas, SE PUDÉSSEMOS Lhe atribuir alguma forma, seria a do próprio Universo. No entanto, não existe apenas 1 (um) Universo; existem centenas, milhares, talvez. O certo é existir mais de um; porque, só assim, determinados fenômenos poderão ser explicados e entendidos.

E a própria Ciência caminha para esta conclusão, a da existência de multiversos. A Filosofia já chegou a esta conclusão há muito. Quanto a Religião... Bem, esta é uma tristeza, e, aí, vai depender de qual nos referimos. Portanto, não é uma fonte fiável.

Seja como for, Ele (Deus) é a inteligência suprema. Fonte de todo o Bem, portanto, não é passível de nenhuma das imperfeições e/ou dificuldades humanas.

Assim, Ele não se ira, não se vinga, não odeia, não faz o mal... Antes, é o contrário de tudo isto. Ele é compassivo, é a Bondade Suprema, é Impessoal, é onisciente, é onipresente... É o AMOR. E só isto basta para Lhe definirmos.

Amor próprio é atributo humano, a Divindade não o tem. O amor próprio é a inversão do sentimento de Amor, que é inerente à toda criatura. Na medida que a criatura (pessoa) aprende a amar, o amor próprio vai se extinguindo. Se Deus é amor, Ele não pode SER amor próprio (seria contraditório e impossível). E, deste modo, jamais, nada, poderá agredir ou ferir a Deus. Não importa o que você diz ou faça! No entanto, se Deus não é passível de ser ferido; não deixamos de ferir a nós mesmos!

Por tudo isto e outras, Deus não necessita de elogios, ou de louvores, ou de adoração, ou, tanto quanto, de perdoar ou dar perdão. Ele não julga, não condena, não liberta, não critica, não aplaude e nem nada do que seja próprio ao sentimentalismo humano.

Ele não criou o Inferno, o Mal e nem nada disto!

Todo o Mal que existe, tem sua fonte na criatura! E por este Mal, ela, a criatura, responderá ceitil por ceitil. Em consequência, qualquer mal é passageiro e temporário. O Mal não tem existência própria, portanto, não pode se contrapor ao Bem. Porque, a fonte de todo o Bem é Deus!

O Mal não tendo existência própria, é temporal (temporário). O mal é todo e qualquer desequilíbrio presente nas criaturas. O mal é qualquer ação contrária às Leis Divinas, as quais se encontram inscritas na consciências de todos os seres criados.

E se o Mal é temporal e não possui existência própria, equivale dizer que não existe penas eternas. Se não fosse assim, o Mal equivaleria e seria capaz de fazer frente a Deus; e, neste caso, teríamos 2 deuses: Um Bom e outro Mal. Porém, Deus é único e soberano! 

A Consciência é o mecanismo regulatório, punidor, aferidor e julgador presente no âmago de todas as existencialidades (criaturas) que foram criadas. Na medida que a criatura vai evoluindo, sua Consciência alcança mais penetrabilidade, expansão, profundidade, luz e etc. Assim como todos os demais atributos, evolui, pois nós evoluímos para a condição de Anjos e dos Espíritos Puros (Helohims).

As criaturas, foram criadas pelo AMOR, e, por isto mesmo, capazes (com potencial) de perfectibilidade. E elas vão se aperfeiçoando ao longo dos milênios sem fim, tanto em  inteligência, como sentimentos, bondade, amor, paciência e em todas as virtudes racionais, emocionais e outras que sequer suspeitamos.

A evolução da criatura está em suas próprias mãos! Sair do erro e trafegar na conduta reta (salvação) é trabalho intransferível de cada um (de cada Alma). A alma é imortal, e, uma vez criada, jamais perecerá!

A Morte (da carne ou do corpo de carne) é apenas uma porta dimensional para outra dimensão de espaço e tempo. O Espaço para nós é tridimensional, para as almas ele é temporal. O Tempo é a nossa percepção da quarta dimensão, a dimensão das almas; já para as almas, o tempo é a percepção da eternidade.

A alma existia antes do corpo físico vir à luz e existirá depois que este descer ao túmulo. Daqui, todas as diferenciações encontradas na humanidade (o motivo do porquê uns nascem cegos, outros surdos, ou mudos, com doenças de todas as espécies; enquanto outros, parecem ter capacidades excepcionais; ou, o porquê, uns nascem na opulência e outros tantos na miséria... Enfim, de todos os etc. etc. etc. etc. etc. etc. contraditórios e contrastantes que encontramos na humanidade).

Deus não age diretamente no Universo. Ele o faz através da própria Criação, ou das Almas já aperfeiçoadas e de suas Leis. As Almas Aperfeiçoadas, foram dados a conhecer aos seres humanos como Helohins, ou Cocriadores, ou Cristos, ou, ainda, como Espíritos Puros. São eles que constroem e mantêm os Universos.

Mas Eles não são Deus, são Almas que evoluíram ao longo das eternidades, que nossa mente não consegue abarcar ou entender...

Deus é único! Ele não se divide em 3 pessoas e, nem mesmo, em 1 pessoa; antes de nada, Ele não é pessoa, depois, é indivisível.

Jesus é um Helohim... E, nesta condição, Ele é o Orientador e o Governador da Humanidade. É o fundamento do planeta Terra e do Sistema Solar. É o Cristo Planetário.

Não existe Inferno, este é criação das Almas imperfeitas. Que, antes de mais nada, o vive em sua intimidade. E a reunião destas Almas, criam o Inferno exterior, tal como a reunião de homens, criam vilas e cidades.

O Inferno religioso são "lugares" criados pela reunião das Almas imperfeitas na dimensão que passam a habitar após deixarem seu corpo de carne (morte).

O Diabo religioso são as Almas imperfeitas. Os Anjos são as Almas que alcançaram um determinado avanço (grau) no aperfeiçoamento de si mesmas, por isto, mesmo, os povos antigos as retrataram como Espíritos Santos ou Almas Santas.

Satanás, Diabo, Belzebu e etc são representações figurativas do Mal. Quando agimos nas linhas do Mal, somos verdadeiros Diabos e Satanases. Jesus mesmo o confirma, quando se refere a Pedro em um comportamento infeliz (Mateus 16:23).

Esta visão é mais benevolente do que a religiosa, pois, todos, sem exceção, um dia serão salvos. Tal dia depende deles mesmos. E enquanto não o fizerem, sofrerão as consequências de todas as suas ações, atitudes, comportamentos, pensamentos, sentimentos e todos os demais etc´s necessários e possíveis.

Deste modo, ninguém permanecerá no Mal eternamente; um dia, tal como o filho pródigo, deixará o chiqueiro e caminhará em direção à Casa Paterna.

Assim ensinava Jesus, pois Ele veio em busca daquele que está caído, doente e em desequilíbrio. Porém, a condição precípua é que esta pessoa esteja disposta a buscar o bem e evitar o mal. Para tanto, Ele nos deixou um roteiro seguro a ser seguido e buscado: Seus ensinamentos e sua exemplificação.









UM DEUS IRADO E VINGATIVO

Nós, seres humanos, ainda somos muito, mas muitíssimo infantilizados. Sequer, conseguimos, ao longo destes últimos milênios, alcançar a idade da razão.

Basta olharmos a crença humana na Divindade, isto é, em um Ser Supremo que chamamos de Deus. O deus humano está mais para o Maligno (igualmente, dentro das conceitualizações humana-religiosa), do que para um Ser digno, sadio, perfeito, inteligência suprema, amoroso!

Aliás, o deus humano é o retratado invertido de si mesmos.

Após tantas eras de desenvolvimento civilizatório da humanidade, e mesmo com toda a revolução tecnológica da atualidade, o deus humano continua antropomórfico.

Sim, isto mesmo, o que eles (seres humanos) são, transferem-no para seu deus, diferindo apenas que, o Ente Supremo não passa do retrato absoluto de sua infantilidade e mediocridade (referindo-nos indiretamente ao lado adoecido da alma humana).

Com um deus assim, bilhões de seres humanos estariam irremediavelmente perdidos e o Universo inteiro também.

Com o deus das religiões atuais, principalmente, o deus dos povos ocidentais, mais da metade dos outros seres humanos, seus irmãos, pois oriundos da mesma Fonte Suprema (a Ciência diz que todos descendemos de única mulher que viveu milhares de anos no continente africano, portanto, nem precisaríamos ir tão longe para constatar que somos todos aparentados), estão condenados ao inferno eterno!

Graças a Deus, o conceito de "inferno" também é uma distorção da mente humana infantilizada, e, que, por isto mesmo (ser infantil), não sabe viver sem a dualidade da recompensa-castigo.

Pessoas infantis, necessitam deste binômio; pessoas adultas, não! Pessoas infantis, necessitam do poder ou ação do mais forte, seja encarnado no policial, na justiça e etc. Pessoas adultas, não!

Pessoas infantis, precisam de uma placa dizendo "não pise na grama". Mas, não somente isto, elas necessitam de "alguém" mais forte, para lhes impôr a obediência. Pessoas adultas, não precisam de nada disto! O árbitro das pessoas adultas é sua própria consciência.

Então, podemos observar e verificar que o Ser (Deus) retratado por grande parte da humanidade, é um deus adoecido, com expressões da psicopatia, além de vingativo, carente de louvor e de adoração... Enfim, resumindo tudo em uma palavra, de tudo aquilo que eles mesmos (seres humanos) quereriam ser (aliás, fazer) se tivessem poder.

Uma lástima total, se não entendêssemos o estágio infantil em que se encontra a grande maioria (quase absoluta) da humanidade.

No outro contraponto, Jesus deu um exemplo magnifico de MAGNANIMIDADE ao dizer:  "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23:34).

Se Jesus pode alcançar uma grandeza destas, seria Ele melhor do que Deus?

Poderia ser Jesus superior a Deus?

Se não, então, o que Ele quis dizer com isto? Qual é o sentido de sua palavra?

E, por favor, me poupe da doutrina pagã de TRINDADE (teologia católica importado do politeísmo romano, para agradar a estes, e herdado pelas correntes protestantes). A própria frase acima (dita por Jesus), coíbe tal interpretação. Convenhamos, não vamos ser infantis!